HDR é o acrónimo para High Dynamic Range ou Alto Alcance Dinâmico e é uma técnica usada em fotografia para aumentar o alcance dinâmico entre os valores mais escuros e mais claros da imagem. O objetivo principal é criar uma imagem com detalhe nas altas luzes, nas meias luzes e nas sombras. Caso não conheçam, visitem o site de uma das maiores autoridades mundiais em fotografia HDR, o fotógrafo Trey Ratcliff. O site tem o sugestivo nome de Stuck in Customs e vejam o tipo de imagens que é possível criar com esta técnica. Imaginem o potencial disto aplicado à pornografia caseira.
Como habitualmente as altas luzes de uma imagem ficam queimadas (brancas) e sem detalhe e as sombras também tendem a ter pouco detalhe por ficarem sub-expostas, esta técnica consiste em tirar várias fotos ao mesmo motivo, variando apenas a exposição de cada uma, combinando-as depois numa única imagem uma exposição “perfeita” em todas as zonas. Cada vez há mais máquinas fotográficas que permitem este tipo de resultados de forma transparente para o utilizador. O iPhone 4, com versão de IOS igual ou superior à 4.1 é um bom exemplo disto.
É possível criar uma imagem HDR a partir de vários JPGs, mas é preferível fazê-lo a partir de imagens RAW pois estas têm 12, 14 ou 16 bits por canal, permitindo armazenar muito mais detalhe de cor que os 8 bits dos JPG.
Depois de criada a imagem HDR é necessário proceder à técnica de Tone Mapping para que esta possa ser visualizada em todo o seu esplendor num monitor convencional. Um monitor convencional não consegue mostrar uma imagem com uma grande latitude dinâmica, para que tal seja possível, as diferentes tonalidades têm que ser re-mapeadas, e comprimidas de novo num curto alcance dinâmico. É como tentar ver um filme 3D sem os óculos polarizadores.
É possível criar uma imagem HDR a partir de vários JPGs, mas é preferível fazê-lo a partir de imagens RAW pois estas têm 12, 14 ou 16 bits por canal, permitindo armazenar muito mais detalhe de cor que os 8 bits dos JPG.
Depois de criada a imagem HDR é necessário proceder à técnica de Tone Mapping para que esta possa ser visualizada em todo o seu esplendor num monitor convencional. Um monitor convencional não consegue mostrar uma imagem com uma grande latitude dinâmica, para que tal seja possível, as diferentes tonalidades têm que ser re-mapeadas, e comprimidas de novo num curto alcance dinâmico. É como tentar ver um filme 3D sem os óculos polarizadores.
Para facilitar a captura de imagens com diferentes exposições pode-se
usar a função de bracketing (ou Auto-bracketing, ou Auto-exposure mode,
ou Exposure Bracketing). Qualquer máquina DSLR ou avançada irá suportar
esta função e irá permitir fotografar em RAW. Idealmente deves
configurar o bracketing para fazer 3 fotos, uma com exposição correta,
uma sub-exposta a -2 EV e outra sobre-exposta a +2 EV. No caso da minha
Nikon D300 tenho que fazer 5 fotos em intervalos de 1 EV (-2, -1, 0, +1,
+2) para conseguir a mesma amplitude. A Nikon não permite saltar de 2
em 2 EVs. É possível criar uma imagem HDR a partir de apenas uma única
imagem RAW, mas os resultados não terão o mesmo impacto. Caso a tua
máquina não faça bracketing automático, podes obter os mesmos resultados
fotografando em modo manual (mantendo sempre a mesma abertura e
variando apenas a velocidade de obturação).
As fotos devem ser capturadas com a máquina estabilizada num tripé para garantir que não ficam tremidas nas velocidades mais lentas e que o enquadramento não varia. Caso não disponhas de nenhum tripé, não deixes de experimentar esta técnica. Consegui resultados decentes em Sidney ao lusco-fusco sem tripé, mas também fiquei com muitas foto inutilizáveis por falta de tripé.
As fotos devem ser capturadas com a máquina estabilizada num tripé para garantir que não ficam tremidas nas velocidades mais lentas e que o enquadramento não varia. Caso não disponhas de nenhum tripé, não deixes de experimentar esta técnica. Consegui resultados decentes em Sidney ao lusco-fusco sem tripé, mas também fiquei com muitas foto inutilizáveis por falta de tripé.
Vamos ver como isto funciona na prática:
1- Captura as imagens usando o modo de auto-bracketing garantindo que ficas com 3 imagens exatamente iguais com 2 EV de diferença entre elas (-2, 0,+2). A máquina fotográfica deve estar num tripé e as imagens devem ser gravadas em RAW.
2- Abre o Photomatrix. Caso não o tenhas instalado, esta é a altura certa para o fazer. Clica em “Load Bracketed Photos”, faz “Browse” para escolheres as 3 imagens que pretendes usar com 2 EV de diferença entre elas, Clica “Open” e dá “OK”. Deixa as opções de processamento em Default e dá “OK”.
3- O Photomatrix vai carregar as imagens, alinhá-las e gerar a imagem HDR. Depois de concluído este processo é apresentada a imagem HDR que tem um aspeto um pouco estranho e artificial. Esta imagem tem este aspeto estranho devido ao facto de ter uma latitude dinâmica superior ao que o teu monitor consegue reproduzir. O passo seguinte vai resolver este problema.
4- O Tone Mapping. Na parte inferior do ecrã podes escolher o efeito a aplicar no Tone Mapping. Pessoalmente prefiro o efeito mais natural que é o que se encontra selecionado por defeito, o “Enhancer - Default”. Agora é só clicar em “Process” e esperar que a imagem final surja no ecrã.
5- Grava a imagem. Sei que não devia precisar de referir este passo, mas achei melhor fazê-lo na mesma. “File”, “Save As...”
1- Captura as imagens usando o modo de auto-bracketing garantindo que ficas com 3 imagens exatamente iguais com 2 EV de diferença entre elas (-2, 0,+2). A máquina fotográfica deve estar num tripé e as imagens devem ser gravadas em RAW.
2- Abre o Photomatrix. Caso não o tenhas instalado, esta é a altura certa para o fazer. Clica em “Load Bracketed Photos”, faz “Browse” para escolheres as 3 imagens que pretendes usar com 2 EV de diferença entre elas, Clica “Open” e dá “OK”. Deixa as opções de processamento em Default e dá “OK”.
3- O Photomatrix vai carregar as imagens, alinhá-las e gerar a imagem HDR. Depois de concluído este processo é apresentada a imagem HDR que tem um aspeto um pouco estranho e artificial. Esta imagem tem este aspeto estranho devido ao facto de ter uma latitude dinâmica superior ao que o teu monitor consegue reproduzir. O passo seguinte vai resolver este problema.
4- O Tone Mapping. Na parte inferior do ecrã podes escolher o efeito a aplicar no Tone Mapping. Pessoalmente prefiro o efeito mais natural que é o que se encontra selecionado por defeito, o “Enhancer - Default”. Agora é só clicar em “Process” e esperar que a imagem final surja no ecrã.
5- Grava a imagem. Sei que não devia precisar de referir este passo, mas achei melhor fazê-lo na mesma. “File”, “Save As...”
Parabéns acabaste de criar uma imagem HDR! Caso pretendas podes abrir a imagem final no Photoshop e continuar a melhorá-la.
Este tutorial foi concebido para exemplificar a forma mais fácil que conheço de criar uma imagem HDR. Este processo pode ser infinitamente melhorado e personalizado, permitindo resultados fantásticos. O meu principal objetivo foi demonstrar que, com pouco trabalho e usando apenas as opções default da aplicação se conseguem resultados bastante satisfatórios.
E lembrem-se, não se deixem apanhar.
Este tutorial foi concebido para exemplificar a forma mais fácil que conheço de criar uma imagem HDR. Este processo pode ser infinitamente melhorado e personalizado, permitindo resultados fantásticos. O meu principal objetivo foi demonstrar que, com pouco trabalho e usando apenas as opções default da aplicação se conseguem resultados bastante satisfatórios.
E lembrem-se, não se deixem apanhar.
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