sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Paris - 2008



Factos:


République Francaise


Capital: Paris


Língua Oficial: Francês


Presidente (2008): Nicolas Sarkozy


População: 64,057,792


Moeda: Euro


Fuso Horário: UTC +1h


Electricidade: 220V, 50Hz







Independência: Ano 486, ano da unificação das tribos Francas.


Esperança média de vida: 81 anos


Alfabetização: 99,0%


Quando ir: Todo o ano!


Clima: Inverno frio, Verão temperado.




Paris – 12-12-2008 a 17-12-2008

Esta viagem tinha tudo para gerar boas recordações, uma cidade linda, a cidade que recebe mais turistas por ano em todo o mundo, a quadra natalícia também ajudava a compor a cena, o que eu não esperava era de gostar tanto. Paris consegue exceder as melhores expectativas!

Quanto a equipamento fotográfico, como máquina principal, usámos uma Nikon D300 com lente Nikon 18-200 mm  DX e um flash Nikon SB-400. Como backup usámos uma Olympus m 770, O conjunto da Nikon produz resultados de excelente qualidade se for usado por fotógrafos competentes, o que não é o caso; já a Olympus deixa muito a desejar tal como os fotógrafos.




Dia 0 -  12-12-2008 - Lisboa - Porto - Beauvais - Paris

Alvorada às 03:00h para partir às 04:30h. Partimos de Lisboa à hora prevista rumo ao aeroporto Francisco Sá Carneiro... no Porto – Isto de se viajar em low cost, na Ryan air, tens os seus senãos. Nesta viagem fomos acompanhados de um casal amigo que, por motivos de saúde, teve que regressar mais cedo a Portugal.

Na A1, a caminho do Porto, perto de Coimbra, encontrámos um camião tombado, a ocupar ambas as faixas de rodagem... Isto estava a começar bem... após cerca de 1:30h de espera, as autoridades (in)competentes abriram os separadores das faixas que se encontravam em obras de alargamento, e restabeleceram a circulação no nosso sentido. Ainda não estava tudo perdido... Ainda na A1, parámos para recolher mais um passageiro... era um amigo do outro casal que nos ia levar ao aeroporto e ficar com o carro do Amílcar.  No regresso ele foi-nos buscar ao aeroporto.

Finalmente chegámos ao aeroporto com pouco mais de uma hora de antecedência. Fizemos o check-in, tomámos café e dirigimo-nos para a porta de embarque. Uma nota muito positiva para o aeroporto Francisco Sá Carneiro, que se revelou extremamente organizado, com pessoal competente e eficiente. Aqui podemos encontrar inclusive coolers com água mineral à disposição dos passageiros gratuitamente.



O voo decorreu sem incidentes, tendo a Ryan air impressionado pela pontualidade e pela falta de espaço para as pernas. Chegados a Beauvais tomámos o autocarro oficial do aeroporto (12€ pela viagem de cerca de 88Km), que nos deixou na Porte Maillot cerca de 40 minutos depois. Aproveitámos o facto do condutor ser português para perguntar informações sobre a viagem de regresso.

Viagem tortuosa pelo metro até ao Hotel Amarys em Montmartre com toda a bagagem às costas, tendo que subir e descer vários lances de escadas enquanto trocávamos de linha de metro. O Hotel reservava-nos mais uma surpresa desagradável... não havia elevador e adivinhem em que andar era o quarto... no 5º. Só de pensar em subir as escadas com a bagagem já me dói tudo... Instalámo-nos num quarto microscópico cujo único luxo que tinha era a casa de banho privativa.

Saímos para jantar num restaurante árabe, perto do nosso hotel,  onde comemos um kebab e fomos de seguida, a pé, visitar a basílica do Sacré Coeur que apesar da hora ainda se encontrava aberta. A basílica é enorme, grandiosa, mas não é extraordinariamente bonita. Uma das coisas que mais me irritou foi o facto de não se poderem tirar fotografias. Se uma igreja é a casa de todos nós, porque é que não posso tirar fotografias à minha própria casa? Ainda fiquei mais irritada quando nos dias seguintes fui ao Louvre e a Notre-Dame e me deixaram tirar fotografias, inclusive com flash.





Terminada a visita regressámos ao hotel para dormir pois estávamos exaustos, nem sexo fizemos.



Dia 1 – 13-12-2008 – Torre Eiffel e Louvre

Acordámos com uma hora de atraso porque o Amílcar se esqueceu de actualizar a hora no telemóvel que usámos como despertador (eu acho que ele fez de propósito). Tomámos o pequeno almoço à pressa e dirigimo-nos para a Torre Eiffel. No metro comprámos um bilhete de 3 dias para podermos andar se preocupações. O metro de Paris, apesar de lento e velho, é o melhor metro que conheço pois, dento da cidade, nunca se tem que andar mais de 500 metros para chegar a uma estação.

Ao chegar aos Champ de Mars avistámos a Torre Eiffel e a fila para as bilheteiras que era quase tão grande como a própria torre. Apesar do tamanho da fila, apenas esperámos cerca de 30 minutos. Tudo está organizado com uma eficiência germânica. Os bilhetes de elevador, até ao 3º piso custam 12€, mas valem bem a pena devido à vista maravilhosa que proporcionam sobre a cidade. O Amílcar não estava com muita vontade de ficar na fila para subir, mas ao chegar ao topo já tinha mudado de ideias. Os elevadores têm 2 andares e vão de tal forma apinhados que até causam falta de ar. Não se recomendam a claustrofóbicos.





Inaugurada em 31 de Março de 1889, a Torre Eiffel foi construída para honrar o centenário da Revolução Francesa. O Governo da França planeou uma Exposição mundial e anunciou uma competição de design arquitectónico para um monumento que seria construído no Champ de Mars, no centro de Paris. Mais de cem designs foram submetidos ao concurso. O comité do Centenário escolheu o projecto do engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923), de quem herdaria o nome, da torre com uma estrutura metálica que se tornaria, então, a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem. Com seus 317 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída, sendo que actualmente deva passar das 10000, já que são abrigados restaurantes, museus, lojas, entre muitas outras estruturas que não possuía na época de sua construção. Eiffel, um notável construtor de pontes, era mestre nas construções metálicas e havia desenhado a armação da Estátua da Liberdade, erguida pouco antes no porto de Nova Iorque. Quando o contrato de vinte anos do terreno da Exposição mundial (de 1889) expirou, em 1909, a Torre Eiffel quase que foi demolida, mas o seu valor como uma antena de transmissão de Rádio a salvou. Os últimos vinte metros desta magnífica torre correspondem a antena de rádio que foi adicionada posteriormente. A torre é visitada anualmente por 6,9 milhões de pessoas.

Permanecemos na torre cerca de 1:30h, tirámos vários milhões de fotografias, assistimos a um pedido de casamento (suckers...), fomos à casa de banho (sim, há casa de banho no 3º piso) e apanhámos bastante frio e chuva. Já vos disse que detesto frio? Ainda descemos ao 2º andar, mas não havia nada de interessante que não se tivesse já visto do 3º. Não Parámos no 1º, porque já estávamos cansados de estar de pé, mas acho que deveria ter valido a pena para ver o restaurante que existe neste piso.




Quando saímos da torre, estava a chover com bastante intensidade. Tentámos esperar que passasse perto da casa da máquina do elevador, mas o segurança expulsou-nos. Seguimos em passo apressado para a praça do Trocadéro, passando pelo palácio Chaillot, que acolhe entre outras coisas o Théâtre national de Chaillot e o Musée de l'Homme. Entrámos no Ancien Trocadéro para almoçar, na esperança que parasse de chover... não parou. Uma dica importante para quem quer poupar dinheiro nas refeições é pedir uma garrafe d’eau (água del cano) ao invés de uma bouteille d’eau (Evian ou qualquer outra água mineral) que custa uma fortuna.

Ao sairmos do restaurante continuava a chover, fechámos os casacos, colocámos os capuzes, protegemos a máquina fotográfica e lá fomos nós. O objectivo era chegar ao Louvre a pé, seguindo a margem do Sena, mas passada cerca de meia hora, tínhamos as calças completamente encharcadas e desistimos. Apanhámos o metro perto do túnel da Alma, que ficou famoso pelo acidente da Diana de Gales.




O Museu do Louvre (Musée du Louvre), instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs Elysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico). É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, enormes colecções de artefactos do Egipto antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e humanas.





Chegámos ao Louvre cerca das 16:50h, comprámos bilhete e lá fomos nós ver a Mona Lisa, pensando que o Louvre fechava às 21:30h. Passada cerca de meia hora começámos a perceber que havia cada vez menos gente nos corredores e que nos estava a querer por na rua... Foi aí que percebemos que o museu apenas fechava às 21:30h às Quartas e Sextas-feiras. Estivemos meia hora num museu que precisa de 1 semana para se ver como dever ser... lindo... Vimos a Mona Lisa e uma sala com esculturas italianas. Esta visita deu também para perceber que este foi o melhor museu onde já estive. Muito bem organizado, cheio de informação, com imensos bancos para as pessoas poderem descansar. Aquilo que mais impressionou o Amílcar foi o facto de ser permitido tirar fotografias, inclusive com flash. Até mesmo à Mona Lisa deixam tirar fotos. Não é por acaso que a Mona Lisa é o quadro mais famoso em todo o mundo. Apesar de ser um quadro relativamente pequeno, está pintado de forma genial.

O Louvre à primeira vista não parece assim tão grande, mas à medida que se começam a explorar os corredores e a ver os mapas, percebe-se que é tão grande ou maior do esperávamos.




Expulsos do Louvre, andámos pelo exterior e fomo-nos dirigindo lentamente a pé, pelos Champs Elysées até à Place Vendôme com a sua coluna mandada erguer por Napoleão à semelhança da coluna de Trajano para comemorar a vitória de Austerlitz (no topo da coluna, podemos ver Napoleão retratado como um imperador romano), de seguida passámos pela Place de la Concorde e por fim fomos ao largo de La Madeleine, onde jantámos. A igreja já estava fechada, pelo que seguimos a pé até à Opera e às Galeries Lafayette.

Após vermos as montras exteriores das galerias, entrámos no metro e regressámos ao hotel pois estávamos exaustos. Mesmo após subir os 5 andares de escadas que nos separavam do nosso quarto, ainda nos sobrou energia para uma rapidinha.




Dia 2 – 14-12-2008 - Versailles

Desta vez acordámos mesmo cedo pois tencionava-mos ir a Versailles. Tomámos o piqueno-almoço (como diz a Manuela Ferreira Leite) e metemo-nos no metro. Chegados a Notre-Dame trocámos para o comboio e lá fomos nós. Na estação de Champ de Mars, fizeram um aviso nos altifalantes, mas como nós não percebemos nada de francês, não ligámos e seguimos viagem... claro que este erro nos custou cerca de 1h. Percebemos mais tarde que os comboios têm um nome que indica o seu destino (não basta apenas estar na linha certa). Quem havia de dizer que os comboios em França se comportam como nos restantes países?

Finalmente lá apanhámos o comboio certo juntamente com um grupo de Ingleses que também andavam perdidos e, eventualmente chegámos a Versailles. À chegada à estação, mais uma surpresa desagradável. O nosso bilhete de 3 dias apenas cobria 3 zonas e Versailles está na zona 4. Os bilhetes não passaram nos torniquetes. Claro que já lá estava um batalhão de “picas” prontos para a caça à multa, com os impressos já previamente preenchidos. Cerca de 5€ depois lá nos deixaram rumar ao Château de Versailles. Em Versailles compramos um “Passport” – não, não estou a falar do whisky, refiro-me a um bilhete que dá acesso ao palácio principal, ao Petit Trianon, ao Grand Trianon e a uma casa de strip com bailarinas nórdicas.




O Palácio de Versalhes (em francês Château de Versailles) é um château real localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas actualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até que a família Real foi forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França. Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes possui 2.000 janelas, 700 quartos, 1250 lareiras e 700 hectares de parque. É um dos pontos turísticos mais visitados de França, recebe em média oito milhões de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária. Construído pelo rei Luís XIV, o Rei Sol, a partir de 1664, foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado.

Tal como no Louvre, só quando se anda pelo palácio é que se percebem as dimensões gigantescas do mesmo. É uma obra gigantesca, megalómana, mas acima de tudo harmoniosa e perfeita. Foi o maior palácio onde alguma vez estive e em perfeitas condições de restauro. Não se vê a mais pequena imperfeição. Do palácio principal, que é imperdível, há a salientar a sala dos espelhos e os quartos do Rei e da Rainha que são exactamente como no filme “Marie Antoinette” da Sofia Coppola. Só no final da visita percebemos que podíamos ter levado um “áudio guide” gratuitamente, mas nessa altura já não servia de nada – que burras!




Após o fim da visita, fomos ao self-service comer uma mini refeição caríssima e continuámos a visita... à chuva. Devido às condições atmosféricas tivemos que comprar um bilhete de “comboio” para andarmos pelos jardins (que estavam completamente enlameados) e chegarmos ao Grand Trianon.

Em 1670, Louis XIV decidiu arrasar a aldeia de Trianon, a Noroeste do parque do Palácio de Versailles, para aí construir um edifício que lhe permitisse refugiar-se da Corte. Foi Louis Le Vau quem ficou encarregado dessa construção: ele optou por revestir as paredes com Faiança de Delft, azul e branca. O jardim oferecia bonitos parterres de flores. Desde o início, Louis XIV consagrou este domínio aos seus amores com a Madame de Montespan. Mas a decoração do "Trianon de Porcelaine" era muito frágil e por isso não resistiu às intempéries, acabando por ser destruído em 1687, o ano em que Madame de Montespan começou a cair em desgraça. No mesmo ano, um novo projecto viu a luz do dia. Louis XIV confiou a Jules Hardouin-Mansart, o novo Primeiro Arquitecto do Rei, a construção de um novo Trianon num estilo mais italiano. As obras duraram de Junho de 1687 a Janeiro de 1688. Assim, o Grand Trianon, ou Trianon de marbre, foi inaugurado no Verão de 1688, por Louis XIV e a Madame de Maintenon.




Em seguida visitámos o Petit Trianon, também conhecido como Domaine de Marie Antoinette e sítio de grandes bacanais (Segundo consta, porque eu, infelizmente, não participei em nenhum). É sob o impulso da sua favorita, Madame de Pompadour, que o Rei Louis XV ordena a construção de um novo Trianon: o Petit Trianon. A obra confiada a Jacques Ange Gabriel dura 6 anos entre 1762 e 1768. O lugar escolhido para esta nova construção é o antigo jardim botânico do Rei. Madame de Pompadour faleceu no dia 15 de Abril de 1764, pelo que não assistiu à conclusão da sua obra. É com a sua nova favorita, Madame du Barry, que Louis XV inaugura o Petit Trianon. Louis XV morreu em 1774 e a Condessa do Barry teve que deixar o palácio. Desde a sua subida ao trono, Louis XVI ofereceu o Petit Trianon à sua esposa Maria Antonieta desta forma: "Vós amais as flores, Senhora, tenho um bouquet a oferecer-vos. É o Trianon." Maria Antonieta empreendeu numerosas obras no palácio e no seu domínio. Depois da Revolução francesa o palácio caiu no esquecimento. Foi restaurado uma primeira vez durante a Monarquia de Julho pela Rainha Marie-Louise e, mais tarde, uma segunda vez durante o Segundo Império pela Imperatriz Eugénie de Montijo.




A terceira (e última) paragem do “comboio” é o Grand Canal, com 1,5 km de comprimento e 62 m de largura. No reinado de Louis XIV chegaram a navegar aqui um navio de 3 mastros, vários barcos a remos e, inclusive, gôndolas de Veneza. Estamos a chegar ao fim do dia e da nossa visita a Versailles, à medida que nos vamos dirigindo para a saída, não consigo deixar de pensar na ironia que é este palácio, símbolo da ostentação e do poder absoluto, invadido (e sustentado financeiramente) pela plebe. Gostaria de ver a cara do Luís XIV ou da Madame Pompadour ao assistirem a isto.

Tomámos o comboio para Paris e o metro para o Arc De Triomphe e subimos ao arco. O Arco do Triunfo fica no centro da maior rotunda transitável do mundo (a rotunda chama-se Etoile), que é verdadeiramente caótica. São 11 faixas de rodagem de pura anarquia, sem quaisquer marcações, com carros a seguir em quase todas as direcções imagináveis. As companhias de seguros só cobrem acidentes na Etoile se ambos os condutores chegarem a acordo e cada um cobrir os seus próprios danos, independentemente de quem é a culpa.




O Arco do Triunfo (francês: Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs Elysées.

Ao contrario da Torre Eiffel, a subida ao arco é feita por escadas em caracol (e pensar que paguei 9€ por esta tortura). Ao chegar ao topo depressa nos esquecemos das escadas e o cansaço. A vista, mais uma vez é deslumbrante. O impacto ainda é maior por ser noite. Estamos perfeitamente alinhados com os Champs Elysées com as suas iluminações de Natal, e a Place de La Concorde. Se rodarmos 180º ficamos alinhados com a zona nova da Cidade e com o Arco de La Defense que não visitámos. A torre Eiffel com as suas luzes rotativas está sempre presente, não importa em que direcção se olha. Paris é uma cidade bastante plana que oferece uma vista de vários km desde que o dia (ou a noite) estejam  relativamente limpos.




Após cerca de 45minutos no arco, fizemos uma paragem no interior para descansar as pernas e seguimos pelos Champs Elisées. Comemos uma sanduíche num café e continuámos, a pé, na direcção da Place de la Concorde. Pelo caminho encontrámos uma loja muito original da Peugeot com protótipos, modelos antigos e que apenas vende merchandising, não vende automóveis. Passámos pelo Lido e pela casa do Alberto Santos Dumont (que há quem diga foi o primeiro homem a voar o que, pelo menos com testemunhas, é verdade). Vimos ainda outra loja, desta vez da Citroën idêntica à da Peugeot, mas ainda mais imponente, ocupa um edifício inteiro, com cerca de 6 andares, onde estava exposto o Citroën GT, criado para o jogo Grand Turismo da PS3, e várias PS3 para se poder experimentar o carro. Ao sair da Citroën, continuámos até a Place de la Concorde, onde tomámos o metro para o hotel. Era tarde, estávamos cansados, mas ainda tivemos tempo para uns french kisses e sexo, claro.




Dia 3 – 15-12-2008 - Notre Dame


Acordámos cedo e dirigimo-nos para Notre Dame. Antes de entrar na catedral, vimos uma placa de bronze que representa o km 0 das estradas francesas que fica na praça Parvis, em frente. O interior pode ser visitado gratuitamente à excepção da sala das relíquias e vale a pena pois é muito bonito.  De referir que também a igreja que supostamente é ultra-honesta gosta de induzir os seus fieis em erro. A intervalos regulares estão pontos com velas e placas com um valor em letras garrafais (5€) e, em letras pequeninas o texto que diz que aquele é apenas o valor aconselhado, cada fiel dá o que quiser pela sua vela. Vergonhoso, na minha opinião. Na basílica do Sacré Coeur, deparámo-nos com uma situação semelhante, mas o valor que se lia nas placas era de 10€!

A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena. A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro das necessidades e aspirações da sociedade da altura, a uma nova abordagem da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual. A Catedral é o monumento mais visitado de França, com cerca de 10 000 000 de visitantes anuais. Tentámos subir à torre (a entrada é no exterior da Catedral, à esquerda se olhar de frente para a mesma), mas desistimos, estava um fila bastante grande que não avançou quase nada em cerca de 1h num frio horrível. Este atraso deveu-se aos grupos de estudantes que tinham prioridade.



Seguindo indicações do Lonely Planet visitámos a Isle Saint-Luis, que vinha indicada como o ponto mais romântico de Paris. A ilha é bem bonita, mas não creio que seja o ponto mais romântico da cidade. Daqui seguimos, a pé, para a Place des Vosges que é lindíssima e onde viveu Victor Hugo num dos cantos da praça. Almoçámos nas imediações, e seguimos para a Bastilha. La Bastille, actualmente, não é mais que uma rotunda com a Colonne de Julliet no centro. A Coluna de Julho tem, no topo, um estátua que representa a liberdade. Perto da Rotunda fica a nova Ópera de Paris-Bastille que não é, de longe tão bonita quanto a antiga. Daqui resolvemos visitar Notre-Dame. Para os que ainda não se deixaram dormir, sim, já lá estivemos hoje, mas se bem se lembram, não subimos à torre e lá fomos nós à 2ª tentativa. É a isto que se chama gestão eficaz de tempo... ou não.

Desta vez tivemos sorte e apenas demorámos cerca de 15 minutos. A subida é feita por estreitas escadas em caracol que o Amílcar adora... Chegados ao topo a vista é boa, mas não trazia nada de novo ao que já tínhamos visto na Torre Eiffel e no Arco do Triunfo. O que valeu a pena foi estar no domínio do Quasimodo e das gárgulas que são quase tão bonitas quanto assustadoras.




Após sairmos da catedral fomos, de novo, para a Place de la Concorde, mas desta vez fomos de metro pois a distancia ainda era longa. Desta vez percorremos a praça à procura da estátua de Brest, à frente da qual esteve a guilhotina no tempo da revolução francesa. Claro que o Amílcar quis tirar uma foto no local marcado com uma cruz. Nunca quer fotos, excepto nos locais mais infames. Homens... Das 2.498 pessoas guilhotinadas em Paris durante a Revolução, 1.119 foram na Praça da Revolução. Entre elas, ficaram gravados os nomes de Maria Antonieta, Charlotte Corday, Manon Roland, Philippe de Orléans, a Condessa du Barry, Georges-Jacques Danton, Guillaume-Chrétien de Lamoignon de Malesherbes e Antoine Lavoisier. O cadafalso é em seguida transferido para a Place du Trône-Renversé (Praça do Trono Derrubado), actual Place de la Nation e só retorna à Praça da Revolução para a execução de Maximilien de Robespierre e seus amigos (10 thermidor Ano II - 28 de Julho de 1794).

A Praça da Concórdia (em francês Place de la Concorde) situa-se ao pé da Avenida dos Campos Elísios (Champs Elysées), no VIII arrondissement de Paris, França. É a segunda maior praça da França (a primeira é a Place des Quinconces, em Bordéus). Desta forma, é a maior praça da capital francesa, uma das mais famosas e palco de importantes acontecimentos da História da França.




Da praça da concórdia fomos para La Madeleine, que desta vez estava aberta. A igreja é bem bonita, construída em forma de templo clássico grego. O Amílcar adorou-a, principalmente a parte da sesta de 30 minutos que dormiu no seu interior. Saídos da Madalena, fomos jantar num café das redondezas e fomos para o hotel. O cansaço já se estava a acumular, mas ainda tivemos energia para fazer sexo à bruta.




Dia 4 – 16-12-2008

Acordámos cedo e fomos fazer um passeio a pé pela zona de Montmartre que era a zona onde ficava o nosso hotel e que nós ainda não conhecíamos. O itinerário foi sugerido pelo Lonely Planet e nós seguimo-lo literalmente.

Começámos por Pigale que é parecido com o Red Light District de Amsterdão, mas muito mais softcore (pelo menos à hora matinal a que nos lá estivemos). Aqui visitámos o Moulin Rouge; seguimos para o Café des Deux Moulins, onde foi filmado O Fabuloso destino de Amélie Poulain; passámos pela casa do Theo Van   Gogh (onde viveu durante alguns anos o Vincent Van Gogh); passámos pelo Moulin de la Galette, imortalizado por Renoir num dos seus quadros; passámos pelo Museu de Montmartre (o edifício mais antigo da zona); continuámos pela Basílica do Sacré Coeur; seguimos para la Place de Terre com os seus característicos pintores e caricaturistas; daqui dirigimo-nos ao Le Bateau Lavoir, onde viveu Pablo Picasso entre muitos outros;  Terminámos o passeio a pé nas Abbésses onde percebemos que estava mesmo na hora de almoço.



Almoçámos na pastelaria Coquelicot, que foi o único sitio onde não desataram a falar inglês à primeira hesitação. Aqui tivemos que usar o nosso francês macarrónico e rudimentar. Fomos inclusive corrigidos várias vezes. Parecia o liceu. Já com o estomago reconfortado, decidimos ir visitar a Ópera antiga, também conhecida como Palais Garnier, e que é verdadeiramente magnifica.

Após a visita à Ópera, fomos afogar as mágoas às Galeries Lafayette. O Amílcar queria comprar um daqueles chapéus ridículos que tapam as orelhas (estilo James May) e acabou por comprar umas luvas. Eu não queria comprar nada e acabei por não comprar nada... aproveitámos para jantar e já com a barriga cheira e fartos de encontrões e pisadelas, despedimo-nos de Paris e fomos para o hotel fazer amor como coelhos e dormir.



É importantíssimo deixar aqui um grande elogio à Nikon D300, à lente 18-200mm DX da Nikon e ao flash SB-400 também da Nikon pela sua grande fiabilidade e resistência aos 3 dias de chuva constante a que foram expostos nesta viagem. O Amílcar limpava-os a intervalos regulares de 1h com um lenço de papel, mas o que é certo é que passaram várias horas completamente encharcados e nunca apresentaram a mais pequena falha. De referir ainda que cerca de um mês depois a lente não apresenta quaisquer sinais de fungos e todo o equipamento continua a funcionar perfeitamente. Sugiro também à Nikon que fabrique lentes seladas (à semelhança daquilo que a Canon e a Pentax já fazem) para este tipo de situações. O corpo da D300 já tem protecção contra os elementos, pena que as lentes não acompanhem.



Dia 5 – 17-12-2008

Um dos despertadores não tocou às 04:30h, como era suposto, o segundo acordou-nos às 04:40h. Ainda fiquei um pouco na preguiça e quando me apercebi das horas já eram 05:15. Tomámos banho à pressa e  dirigimo-nos para a Porte Maillot a correr. Não saímos do metro na porta certa pelo que tivemos que andar dentro de um centro de congressos à procura da saída. O que nos valeu foi um segurança que nos orientou. Ainda conseguimos apanhar o último autocarro com destino a Beauvais.

À chegada a Beauvais, novo percalço. Tínhamos excesso de bagagem. O limitem eram 15Kg , nós tínhamos 19,4Kg e não podíamos levar mais nada na bagagem de mão. Tivemos que pagar 15€... por cada quilo extra... isto de se viajar em low cost é giro, mas não é tão barato quanto nos fazem crer... Ao chegar ao guichet, para pagar, novo percalço, desta vez mais grave... Tínhamos que pagar via cartão de crédito, não podia ser com multibanco ou com numerário... lindo... o cartão do Amílcar estava dentro da mala de porão que tinha acabado de ser despachada... O que nos valeu foi um casal de portugueses que aceitou o nosso dinheiro e pagou com o seu carão de crédito. Quero referir que no mesmo guichet estavam, outra companhias low cost estavam a aceitar dinheiro vivo.



Deste episódio tirámos 2 conclusões. Em 1º lugar, Ryan Air, nunca mais! Por último, o lugar dos cartões de crédito é onde se possam usar e não na mala de porão!

Finalmente conseguimos passar à sala de embarque. O aeroporto ainda é mais pequeno que o do Porto, e muito mais desorganizado. O nosso avião partiu com cerca de 30 minutos de atraso, mas chegámos ao Porto à hora marcada. A única coisa que não se pode considerar publicidade enganosa na Ryan Air é a sua pontualidade.

No Porto já estava o amigo dos nossos amigos à nossa espera. Levou-nos até sua casa para recolhermos o carro do Amílcar e pusemo-nos a caminho.



The end.

Escrito por Vaselina



E lembrem-se, não se deixem apanhar.


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